Conservação da Mata Atlântica na cidade de São Paulo

A selva paulistana não é só de pedras. Quase um terço do território da cidade de São Paulo — mais precisamente, 30,4% — é coberto por remanescentes de Mata Atlântica. São 45,9 mil hectares de vegetação, o equivalente à área dos municípios de São Bernardo do Campo, São Caetano e Diadema juntos. Há grandes fragmentos, como nas regiões da Cantareira (zona norte), do Parque do Carmo (zona leste) e de Parelheiros (zona sul). E pequenos — como o célebre exemplar de Mata Atlântica no Parque Trianon, no meio da avenida Paulista.

A preservação da Mata Atlântica traz diversos benefícios à população que vive na cidade. Conservada, a mata barra fortes tempestades, garante água limpa e proporciona lazer. Ela também evita o calor extremo e a proliferação de animais indesejados, como o mosquito transmissor da febre amarela (veja mais abaixo).

São os grandes fragmentos localizados em áreas das zonas norte, leste e sul, que a Prefeitura de São Paulo está mirando para ações de preservação e restauro. Foram desenhados três corredores ecológicos, um em cada uma dessas zonas. Ao todo, possuem mais de 15 mil hectares — área equivalente à do município de Santo André. Nos corredores estão um terço do total de áreas de remanescentes mapeadas.

Os corredores foram definidos em áreas que já possuem conexão. Contudo, a ligação deve ser melhorada com ações como a de restauração florestal, manejo e retirada de espécies invasoras. Entre árvores exóticas que aparecem nos fragmentos estão espécies de pinheiros, lírio-do-brejo e pau-ferro (típica da Mata Atlântica, mas não da região paulistana).

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